sábado, 22 de maio de 2010

AVISOS DA CRIAÇÃO ( por André Luiz)

A Presença Divina constitui verdade perene.
Até o silêncio da pedra fala de Deus.
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O Universo repousa na disciplina.
O labirinto da selva revela ordem em cada pormenor.
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Em a Natureza, tudo pede compreensão e respeito.
O deserto é o cadáver do mar.
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Há sabedoria em todas as coisas.
Embora sem tato, a trepadeira sabe encontrar apoio;
não obstante sem visão, o girassol descobre sempre o astro rei.
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Em tudo existe a feição boa.
As nuvens mais sombrias refletem a luz solar.
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Eternidade significa aprimoramento contínuo de repetições.
Sem recapitular movimentos, a Terra desagregar-se-ia.
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A fé construtiva não teme a adversidade.
O penhasco no dilúvio é o ponto de segurança.
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A obediência não dispensa a firmeza.
Humilhada e submissa, a água se amolda a qualquer recipiente,
mas, resoluta e perseverante, atravessa o rochedo.
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Toda empresa solicita cultura e prática.
inexperiente, o homem vivo naufraga no bojo das águas; adaptado,
o lenho morto navega na superfície do mar.
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O aspecto exterior nem sempre denuncia a realidade.
O vento, supostamente vadio, trabalha na função de cupido das flores.
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Volume não expressa valor.
Apesar de pequenina a semente é gota de vida.
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A palavra feliz constrói invariavelmente.
Na linguagem do pássaro, todo som faz melodia.
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Valor e humildade são expressões de inteligência sublime.
Se o cume mais alto recebe a chuva em primeiro lugar, o vale mais baixo
recolhe, no fim, a maior parte da água.
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Para revelar-se, o bem não exige trombeta.
Conquanto invisível, a onda de perfume, muita vez, nutre e refaz.
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No campo da evolução, a paz é conquista inevitável da criatura.
A escarpa de hoje será planície amanhã.

Fonte: O Espírito da Verdade (orgs.) Francisco Cândido Xavier e Waldo Oliveira.